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segunda-feira, 10 de março de 2014

Gladiador

Eles eram o entretenimento preferido na Roma Antiga e travavam batalhas sangrentas para "divertir" o povo. Com certeza você sabe o que e um Gladiador..Se não sabe, essa e para voces. (e para os que sabem pouco também)


O Que era um gladiador?
Gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga. O nome "Gladiador" provém da espada curta usada por este lutador, o gladius (gládio). Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Nesse momento do combate é que era determinado por quem presidia aos jogos, se o derrotado morria ou não, frequentemente influenciado pela reação dos espectadores do duelo. Alguns dizem que bastava levantar o polegar para salvar o lutador, outros dizem que era a mão fechada que deveria ser erguida.
Entretanto alguns estudos relatam que nem sempre o objetivo era a morte de um dos gladiadores, haja vista, que isso geraria ónus para o estado romano. Argumenta-se que o principal objetivo era o entretenimento da plateia. Faziam parte da política do "pão e circo" (panis et circencis).
Pouco comum era que um romano de alta posição social, mas arruinado, se relacionasse como gladiador a fim de garantir a própria defesa, ainda que de maneira arriscada. Ser proprietário de gladiadores e alugá-los era uma atividade comercial perfeitamente legal.


As primeiras lutas conhecidas aconteceram em Roma em 286 a.C., no começo da Primeira Guerra Púnica. Porém o esporte teve início com os Etruscos.
Durante cerca de sete séculos, as lutas dos gladiadores, entre si (ordinarii) ou contra animais ferozes, o que era menos valorizado e prestigioso para os lutadores, foram os espetáculos preferidos dos romanos.
O Coliseu, era o principal palco dessas lutas, em Roma, e suas ruínas ainda se constituem numa atração turística da cidade.
No ano de 73 a.C., aconteceu a terceira guerra contra escravos, que teve início com um gladiador, de nome Espártacos. Este liderou um grupo rebelde de gladiadores e escravos, que assustou a então República Romana. A revolta terminou dois anos depois graças a Marcus Crassos. Depois disso os lutadores eram vistos com medo nas épocas de crise.
Para as lutas eram reunidos prisioneiros de guerra, escravos (devido ao tratamento mais humano e à possibilidade de alcançar a fama e até mesmo a liberdade, ser um gladiador era melhor do que ser um escravo comum) e ainda autores de crimes graves - mas na época dos imperadores Cláudio I, Calígula e Nero a condenação à arena foi estendida às menores culpas, o que aumentou o interesse pelas lutas. Dois imperadores participaram de lutas, obviamente vencendo, foram eles Calígula e Cómodo.
Com o advento do Cristianismo as lutas foram banidas no reinado de Constantino I, no ano 325 Mas embora tenham decaído, os espetáculos de gladiadores sobreviveram por mais de um século após a proibição.
Tendo sido o papa Santo Inocêncio I que o terá definitivamente conseguido junto ao imperador Honório

A Vida de um Gladiador

Treino: Os gladiadores tinham treinamento em escolas especiais conhecidas como ludus. Em Roma havia quatro escolas, sendo a maior Ludus Magnos que era conectada com o coliseu por um túnel subterrâneo. No intervalo das lutas eles tinham um tratamento especial que envolvia grandes cuidados médicos e treinamento cuidadoso. No geral, eles não lutavam mais que três vezes ao ano. Viajavam em grupos conhecidos como famílias quando iam lutar em outras cidades. O treinador, conhecido como lanista(provavelmente derivado da palavra carniceiro), ia junto.

Alimentação: Os gladiadores eram, em grande parte, vegetarianos. Se alimentavam basicamente de feijões e cevada. O motivo é o fato de que a carne era um alimento caro, e eles eram escravos.

Curiosidades: Eram comuns nas lutas as participações de anões, sendo que eles lutavam tanto entre si como também em times contra gladiadores normais.

Havia também gladiadoras mulheres, que lutavam com um seio exposto, pois usavam as mesmas vestimentas dos gladiadores homens. O imperador Domiciano gostava de ver lutas entre anões e mulheres.

As lutas eram acompanhadas por juízes que faziam valer as regras criadas para as lutas

As Categorias

Os lutadores pertenciam a grupos e as lutas eram organizadas de forma que nenhum grupo ficasse em desvantagem.

Trácios: eram os mais fracos, como proteção usavam um capacete que cobria toda cabeça e um escudo quadrado, além de caneleiras. Atacavam com espadas curvas, as sicas.
O Trácio era uma das 6 categorias de gladiadores romanos. Sua arma era uma espada curva e usava como defesas um escudo quadrado, um capacete que cobria toda a cabeça e caneleiras que iam até os joelhos. Era a categoria considerada clássica, onde os guerreiros que a compunha combatiam quase frequentemente. Os filmes e séries de gladiadores, em geral, baseiam-se nesta classe.
Murmillos: eram os oponentes dos trácios e retiários. Usavam um grande escudo numa mão e na outra uma espada curta. O capacete se assemelhava a um peixe.
Os Murmillos eram também conhecidos como "Homem Peixe", pois utilizavam um capacete com o desenho de um peixe na lateral, sua armadura era semelhante a do secutor, porém seu capacete era diferente, pois o secutor utilizava um capacete liso, o escudo que os murmillos usavam na maioria das vezes era em estilo celta, usavam proteções de metal ou couro no braço direito, sua arma era o gládio (espada curta), que era a arma mais usada pelo exército romano.
Retiários: empunhavam um tridente e eram os mais desprotegidos. Carregavam também uma rede e uma faca curta. Eram os únicos aos quais era permitido recuar em combate.
Era habitual o reciário lutar com um secutor fortemente armado. Dado estar em desvantagem em termos de proteções, o reciário utilizava a sua agilidade e rapidez de movimentos para evitar os ataques do seu agressor, esperando pela melhor oportunidade para contra-atacar. Tentava, em primeiro lugar, atirar a rede sobre o seu rival. Se tivesse sucesso, atacava de seguida com o seu tridente, enquanto o rival se debatia com a rede. Outra táctica era apanhar a arma do seu oponente com a rede, atirando-a para fora do seu alcance, ficando aquele em desvantagem.
Se falhasse, ou se o secutor o agarrasse, o reciário largava a sua rede, embora tentasse recuperá-la de novo para um segundo ataque. O reciário ficava dependente do seu tridente e do seu punhal para terminar o combate. O tridente, da altura de um homem, permitia ao gladiador atacar rapidamente, mantendo a distância. Era uma arma muito poderosa, que podia infligir ferimentos graves no crânio ou nos membros desprotegidos. O punhal era a última arma a ser utilizada, caso ficasse sem o tridente; ficava reservada para combate corpo-a-corpo. Em alguns combates, um reciário podia ter de lutar com dois secutores em simultâneo. Nestas situações, o gladiador, com pouca armadura, era colocado numa plataforma elevada, e davam-lhe um abastecimento de pedras para manter os agressores afastados.


Secutores: Se assemelhavam muito com os murmillos entretanto seu capacete era arredondado para não prender na rede dos Retiários que eram seus oponentes.
O secutor era especialmente treinado para lutar com o reciário, um tipo de gladiador armado com uma rede, um punhal e um tridente.
O seu peculiar elmo tinha, apenas, dois buracos para os olhos, por forma a prevenir um ataque com o tridente do reciário; o topo do elmo era arredondado para assim evitar ser apanhado pela rede deste último gladiador. As proteções que usava à volta do pescoço eram macias e tinham a forma de barbatanas de peixe. Devido ao peso, e à falta de espaço debaixo do elmo, o secutor tinha que ganhar o combate logo no início; caso contrário, ficava exausto rapidamente, podendo mesmo desmaiar.

Dimachaeri: Não se sabe muito sobre ele, mas como usava duas espadas, sabe-se que era um dos mais bem treinados.






Laquearios: O laqueário era um dos tipos de gladiadores da Roma antiga que lutava com uma corda a qual tinha um nó em laço, numa das mãos, e um punhal ou espada na outra. O laqueário é um dos gladiadores que aparece mais tarde na história dos jogos romanos. Poderão ter sido uma categoria de gladiadores de pleno direito e, neste caso, o laqueário, de certa forma, as suas táticas eram semelhantes às do retiário, um gladiador cuja principal arma era uma rede e um tridente. A técnica do laqueário consistia em laçar o adversário, colocando-o em desvantagem, e partindo para um combate de proximidade com o punhal. A armadura deste lutador era semelhante à do retiário: consistia numa proteção no ombro esquerdo (galerus). Uma outra hipótese, era a de que o laqueário era um género de paegniarius ou palhaço. Estes homens faziam combates simulados na arena como comic relief, entre combates reais.
A maior parte dos vários tipos de gladiadores era baseada no mundo real. Dado que os romanos não utilizavam cordas como armas nas batalhas, é pouco provável que o laqueário fosse baseado em algum tipo de romano. Em vez disso, poderá ter origem em alguma tribo bárbara, conhecida dos romanos, que utilizariam laços em combate, tais como os sagártas. Ainda outra possibilidade, é a de que este tipo de gladiador representasse o carrasco. No entanto, dado que a sua arma de apoio era uma espada, ou um punhal, esta hipótese parece não ser verossímel.

Hoplomachus:  foi um tipo de gladiador da Antiga Roma, cujas armas e armadura imitavam as dos hoplitas gregos. Usava uma armadura pesada e um capacete, juntamente com um escudo redondo. Como armas apenas tinha uma lança e uma espada chamada gladius. O escudo servia-lhe como arma de ataque quase tanto como a espada ou a lança.
Frequentemente um hoplomachus enfrentava um murmillo (armado como um soldado romano), no decorrer das actividades recreativas de guerras históricas entre Roma e a Grécia helenística. O nome também significa "guerreiro armado".

Samnita: O Samnita era um tipo de gladiador do Império Romano que lutava equipado com um equipamento idêntico ao dos guerreiros Samnitas: uma pequena espada (gládio), um escudo retangular (scutum), uma proteção para as pernas (greva) e um elmo. Os samnitas eram os primeiros gladiadores a entrar nas lutas dos jogos romanos. Começaram a aparecer nesses jogos após a derrota de Sâmnio no século IV a.C., provavelmente como uma celebração da vitória pelos romanos. Equipando os gladiadores de estatuto mais baixo de forma semelhante aos samnitas, era uma forma de desprezo por parte dos romanos, que se tinham apoderado dos conhecimentos marciais daqueles.


Morituri Te Salutant

A partir do estudo de 120 esqueletos de gladiadores, mortos em combate ou executados na arena, pesquisadores austríacos traçaram um retrato, baseado em evidências materiais, de como morriam os gladiadores.
O mais impressionante eram as formas de execução dos gladiadores derrotados. Aquele que tivesse ferimentos leves, esperava de joelhos pelo julgamento da platéia. Caso a decisão fosse pela execução, ele era morto com um golpe de espada na jugular. Se estivesse muito debilitado, era mantido de quatro na areia e recebia o golpe nas costas, na altura do ombro. A lâmina penetrava entre os ossos e chegava diretamente ao coração.
As ossadas estudadas, datadas dos séculos III e IV, foram achadas na antiga cidade de Éfeso, a mais movimentada da Ásia Menor,na época, com cerca de 200 mil habitantes. Sua arena, adaptada sobre um teatro grego, podia acomodar 25 mil espectadores, a metade da lotação do Coliseu de Roma. Os arqueólogos encontraram junto às tumbas muitos desenhos e inscrições a respeito da vida dos gladiadores, que permitiram identificar - por exemplo - um jovem de 21 anos, que treinava para ser gladiador desde os 17, e foi morto na quinta vez em que se apresentou na arena.

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