“Você viu esse coelhinho?” É assim que começa o texto de uma campanha, lançada nesta terça-feira (25), pelo Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo) em uma rede social. A iniciativa é uma forma de ajudar uma menininha a encontrar o brinquedo, perdido na segunda-feira (24), durante o trajeto entre as estações São Judas e Praça da Árvore.
Tudo começou quando o pai da criança, chamada Júlia, postou mensagem no mural do Facebook do Metrô, contando a história, o que chamou a atenção da equipe de mídias sociais da companhia, que se sensibilizou com o apelo e resolveu colaborar. Ele informou que, desde que se separou do amigo de pelúcia, a menina não consegue dormir.
Quando o dentista e professor universitário Fernando Hanashiro, 36 anos, decidiu postar na internet a foto da coelhinha de pelúcia que a filha Julia, de sete anos, havia perdido, não imaginava a repercussão que o caso teria. Antes de ir para o trabalho, na manhã desta terça-feira (25), Hanashiro deixou uma mensagem no mural do Facebook do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo), contando que a menina deixou o brinquedo cair, quando viajava com a mãe entre as estações São Judas e Praça da Árvore, na segunda-feira (24).
A história de amor entre Julia e Mimi — como a criança chama a coelhinha — sensibilizou a equipe de mídias sociais da companhia, que resolveu colaborar com uma campanha na rede social.
— Eu fiquei surpreso [com a repercussão]. Fico feliz. Isso é sinal de solidariedade.
O dentista, no entanto, demonstra preocupação.
— Já houve mais de 2.000 compartilhamentos e a gente ainda não teve uma resposta [...] Vi nas postagens que teve gente que se prontificou a fazer uma [coelha] igual. Na verdade, eu agradeço, mas um “clone” não vai ser a mesma coisa. Um parecido, ela tem, porque a gente tentou comprar já faz uns anos para deixar guardado um equivalente. Obrigada, mas a gente quer achar a Mimi. Essa que é importante para ela.
O dentista diz que ele e a esposa não falaram com a Júlia sobre a mobilização que o caso provocou na internet, para evitar que a criança crie expectativa.
— Só falei que passaria no Achados e Perdidos para ver.
Mimi tem cerca de 15cm e é bem surradinha, mas ganhou o coração de Julia. Hanashiro conta que a coelhinha é o objeto pelo qual a filha “mais tem sentimento”. Segundo o dentista, o bichinho de pelúcia passou a fazer parte da vida da garotinha em uma Páscoa, há três, quatro anos. Desde então, ocupa o posto de xodó da criança, que o levava para todos os lugares.
— Ela já tinha esquecido na casa de uma amiguinha e na escola de inglês. Na escola de Inglês, eu tive que voltar depois de uma hora para ver se tinha esquecido lá mesmo.
Hanashiro conta que a filha tem vários brinquedos, mas que nenhum é capaz de substituir Mimi. Desde que se separou da amiguinha, Julia, uma menina ativa e brincalhona, está triste, chorou e não consegue dormir direito.
— Ela tem um monte de bichinho de pelúcia, mas tinha que dormir com a Mimi.
A companhia pede para quem encontrar o coelhinho da Júlia o entregue a um funcionário do Metrô ou no Achados e Perdidos, que fica na Estação da Sé e funciona de 2ª a 6ª, das 7 às 20 horas, exceto feriados. No caso de documentos, a consulta também pode ser feita pela Central de Informações no telefone 0800-7707722, todos os dias, das 5h30 às 23h30.
Veja a campanha AQUI
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