O Demônio de Jersey

O Demônio de Jersey é uma das lendas americanas mais duradouras, com milhares de relatos que datam de mais de dois séculos e meio, alem dos que ocorrem todos os anos. As historias sobre as origens do Demônio variam radicalmente, mas há duas versões contadas com mais freqüência.

Na primeira versão, uma mulher chamada sra. Shrouds, de Leeds Point, New Jersey, tinha 12 filhos. Ela estava tão frustrada com a vida difícil que jurou que, se Deus não a ajudasse a sustentar 12 crianças famintas e se ela engravidasse novamente, a criança seria o filho do Demônio em pessoa. Esse é o tipo de coisa que uma pessoa aparentemente não deveria dizer, porque ela certamente engravidou, e, pouco tempo depois que deu á luz, a criança se transformou em uma monstruosidade desfigurada, com pernas de bode, tronco humano, asas de morcego e um focinho alongado descrito de diversas formas, semelhante ao lobo, cavalo, raposa ou crocodilo. Quando a sra. Shorouds tentou amamentar o bebê, ele devorou toda sua família e estendendo suas asas, escapou pela chaminé.

Na segunda versão, mais comum, uma jovem garota de Leeds Point supostamente se apaixonou por um soldado britânico durante a Guerra da Independência. A população local achou que ela houvesse traído seu país e lançou uma maldição: que qualquer criança que viesse daquela união seria um demônio. Essa historia, da mesma forma, termina mal.

Desde o nascimento do Demônio de Jersey, ele foi visto por políticos, dignatários, guardas florestais, policiais e milhares de viajantes. Até mesmo Joseph Bonaparte (irmão de Napoleão) o avistou enquanto vivia em exílio nos Estados Unidos. No seculo XIX, um oficial da marinha, o comodoro Stephen Decatur, que testava a artilharia na Ferraria de Hanover, New Jersey, atirou na criatura e a acertou, mas ela voou para longe, aparentemente intacta. O comodoro afirmou que a criatura que viu tinha pelo menos 2,7 metros de altura dos pés à cabeça.